Pegada de dinossauro é descoberta por neoveneziano no interior de Nova Veneza



O neoveneziano Nicola Gava acaba de colocar Nova Veneza no mapa da paleontologia mundial, ao descobrir uma pegada de Oxalaia Quilombensis o maior dinossauro carnívoro do Brasil. Durante as últimas enxurradas que assolaram o interior do município várias toneladas de sedimentos foram movidas pela força da água, vindo a alterar o trajeto dos rios que descem pela encosta da Serra Geral, por isso uma grande área de laje no leito do Rio Morto na localidade de Cubico no interior de Nova Veneza ficou exposta, e sem a água para camuflar o achado. Com isso bastou apenas um olhar mais apurado pra revelar a pegada de mais de 95 milhões de anos.


Nicola realizou o achado por acaso, quando procurava pedras ornamentais para decorar uma fonte que está construindo no terraço de seu apartamento no centro de Nova Veneza.
Fotos da pegada foram enviadas para a paleontóloga Rosane Gorwedd do Instituto de Paleontologia Brasileiro com sede no Rio de Janeiro, que por telefone informou a reportagem do Portal Veneza que a pegada tem toda a característica do grande réptil que mais recentemente teve um fóssil descoberto no litoral do estado do Maranhão. Rosane viaja nesta quinta-feira juntamente com alguns membros da Academia Brasileira de Ciências com destino a Nova Veneza para melhor estudar o achado.

Acredita-se que o animal, que media entre 12 e 14 metros (do crânio à ponta da cauda) e pesava entre 5 e 7 toneladas, viveu há cerca de 95 milhões de anos, no litoral do Brasil. Antes da descoberta do Oxalaia quilombensis, o maior dinossauro carnívoro brasileiro era o Pycnonemosaurus, que media 9 metros.
O dinossauro brasileiro também é considerado o segundo maior espinossaurídeo do mundo, ficando atrás apenas do Spinosaurus aegyptiacus, identificado em 1915, no Egito. Duas espécies de espinossaurídeos já haviam sido descobertas no Brasil, na Bacia do Araripe: Irritator challengeri e Angaturama limai.

O nome Oxalaia é uma homenagem à divindade africana Oxalá e quilombensis se remete ao fato de que a Ilha do Cajual já foi um quilombo, onde viveram descendentes de escravos.

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